quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AOS MEMBROS DA IEADAR E A QUEM MAIS POSSA INTERESSAR

Com objetivo de esclarecer sobre procedimento denominado AÇÃO CAUTELAR INOMINADA (Nº 1639/2009), no âmbito da Vara Cível da Comarca de Araucária –PR., envolvendo membros da IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLÉIA DE DEUS MINISTÉRIO EM ARAUCÁRIA (IEADAR), e sua diretoria, informo conforme segue:

Um grupo de membros ingressou com pedido de LIMINAR¹ no sentido de que lhes fosse assegurado o direito de se fazerem presentes e pudessem se manifestar livremente em reunião mensal de obreiros, em especial a do mês de outubro de 2009. Tendo o MM juiz, Dr. Evandro Portugal, analisado e concedido conforme o pedido, emitiu ordem judicial – que foi entregue por oficial de justiça diretamente ao pastor presidente no início da referida reunião na sede da IEADAR. No entanto, a ordem judicial não foi integralmente obedecida, pois, embora, os requerentes não tenham sido impedidos de participar, não lhes foi oportunizado o direito de manifestarem-se conforme solicitação feita formal e expressamente no início da reunião.
O pastor presidente, dentro do que lhe é de direito, manifestou sua indignação perante o juiz ante os motivos alegados pelos requerentes para justificar o pedido de liminar conforme acima mencionado e, pediu a improcedência do mesmo. No intuito de melhor clarificar de modo sequencial todos os fatos ocorridos, transcrevo decisão proferida pelo juiz de direito, Dr. Evandro Portugal, em Audiência de Instrução e Julgamento realizada em 18/05/2010, conforme segue:

“INSTRUÇÃO E JULGAMENTO – Aberta a audiência, proposta a conciliação, restou infrutífera. Foram colhidos os depoimentos de duas testemunhas arroladas pela parte autora e duas testemunhas arroladas pela parte requerida. Pelo MM juiz foi proferida a seguinte decisão:
Pretenderam os autores autorização para participação com livre manifestação em assembleia que se realizou em 10/10/2009 às 14 horas, tendo em vista divergências com a administração da requerida. Fundamentaram o pedido e a urgência na concessão da medida liminar. Por meio da decisão de fls. 85/86 foi concedida a liminar para a participação dos autores na assembleia com livre manifestação. Citada a requerida se manifestou às fls. 93/98 com interpretação de que os motivos que motivaram a pretensão dos autores não são verdadeiros e que são infundadas às razões apresentadas. Requereu a improcedência do pedido. Novamente houve manifestação da parte autora fls. 126/133 e se sustentou que não houve o cumprimento integral da liminar concedida.
Decido: A liminar concedida sem a manifestação da parte contrária teve caráter satisfativo em relação ao pedido formulado, sendo assim a confirmação da liminar resulta na extinção do processo com resolução de mérito. Verificou-se, porém, a alegação de que houve descumprimento da determinação judicial, relativamente a possibilidade de manifestação dos autores na reunião/assembleia realizada, sendo assim em audiência de instrução foram ouvidas testemunhas para o fim de elucidar o cumprimento ou não da determinação judicial, sendo que tais depoimentos poderão instruir o processo criminal se for o caso. Diante do exposto e no entendimento de que a medida cautelar já atingiu o objeto pretendido, qual seja a participação dos autores na assembleia do dia 10/10/2009 e discutindo-se a pendência do cumprimento integral da medida com a livre manifestação dos autores que deverá correr na esfera criminal, confirmo a liminar concedida e julgo procedente o pedido. Determino a remessa de cópia dos presentes autos ao Ministério Público para análise do noticiado descumprimento, com início de apuração nos presentes autos com oitiva de testemunhas. Deixo de condenar a parte requerida em honorários de advogado por se tratar de medida cautelar satisfativa que independe de ação principal. Publique-se. Registre-se.”
[Conforme Termo de Audiência nº 140/2010]

Desde o dia 18/05/2010 este processo estava pendente com relação ao determinado pelo juiz no que se refere à remessa de cópia ao Ministério Público para análise quanto ao possível crime de desobediência cometido pelo pastor presidente da IEADAR, sendo que finalmente em 16/11/2010 houve o arquivamento do referido processo no âmbito da Vara Cível e a cópia chegou às “mãos” do representante do Ministério Público de Araucária em 23/11/2010, conforme pude pessoalmente constatar quando estive na promotoria e conversei com o assistente da Promotora de Justiça, Drª Stella Maria Flores Floriani Burda.
Desta forma, como era óbvio, o processo 1639/2009 foi definitivamente arquivado, pois o juiz, desde o dia 18/05/2010, já havia determinado sua extinção com resolução do mérito “sendo assim a confirmação da liminar resulta na extinção do processo com resolução de mérito”, e conforme informações repassadas em 24/11/2010 pelo Ministério Público, será dado andamento conforme determinado pelo juiz da Vara Cível “sendo assim em audiência de instrução foram ouvidas testemunhas para o fim de elucidar o cumprimento ou não da determinação judicial, sendo que tais depoimentos poderão instruir o processo criminal se for o caso. Diante do exposto e no entendimento de que a medida cautelar já atingiu o objeto pretendido, qual seja a participação dos autores na assembleia do dia 10/10/2009 e discutindo-se a pendência do cumprimento integral da medida com a livre manifestação dos autores que deverá correr na esfera criminal”.

Havendo dúvidas ou divergências de informações, respeitosamente, sugiro aos membros da IEADAR, que assim como eu fiz, dirijam-se até o Ministério Público de Araucária e solicitem as informações desejadas, pois este processo é público, isto é, pode ser consultado por qualquer interessado.

A oração com propósito é muito importante, no entanto, nunca devemos nos esquecer que o que deve sempre prevalecer é a vontade do Deus Altíssimo. Sendo assim, que Deus realize Sua vontade em nossas vidas e em nossa igreja também.

"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" [Mateus 6.9 e 10]

Edson Leite

Obs.:
Estou realizando pesquisa objetivando elaboração de texto, a ser postado neste espaço, discorrendo sobre a mentira e o comportamento dos mentirosos.
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¹ Dir. Despacho de magistrado no sentido de antecipar, no todo ou em parte, os efeitos da tutela requerida na petição inicial, desde que obedecidos pressupostos legais. [Dicionário Aurélio]

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

COMEMORAR CELEBRANDO

Muitas vezes quando estamos na igreja presenciamos os frequentadores do púlpito trocarem farpas causando constrangimento mútuo, e também, à igreja reunida. No último sábado, dia 20/11/2010, realizou-se o culto de Santa Ceia na congregação que frequento. Em dado momento um determinado evangelista, ao fazer as apresentações, lembrou aos presentes que estávamos reunidos para “comemorar a morte e ressurreição de Jesus Cristo”. Não demorou muito e um determinado pastor que nos visitava pegou o microfone para fazer uma saudação à igreja e, sem perder tempo “corrigiu” o colega que lhe antecedeu afirmando que a Santa Ceia não é um ato de comemoração, mas sim, é um ato de celebração.
Discutir esse tipo de coisa em cima do púlpito é no mínimo uma incoerência, como dizem alguns, isso é querer partir fio de cabelo a machado. Mas, como a questão foi suscitada debaixo do meu nariz, achei que deveria emitir opinião a respeito. Inicialmente cabe salientar que os termos são sinônimos, isto é, podem ser entendidos como tendo a mesma significação. No entanto, se observarmos os versículos 24 e 25 de I Coríntios 11 e, fizermos uma comparação com a definição da palavra COMEMORAR, que segundo o Dicionário Aurélio é: trazer à memória; fazer recordar; lembrar, chegaremos facilmente ao entendimento que, embora, qualquer dos termos possam ser empregados sem causar distorção ao objetivo principal do ato de Santa Ceia, o mais apropriado considerando o ensinamento bíblico, é o vocábulo COMEMORAR. No mais devemos observar ao seguinte (sem se esquecer das demais coisas):

“Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.” [Efésios 4.1 e 2]

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.” [I Coríntios, Capítulo 13]



Que o Misericordioso Deus nos capacite para andarmos como é digno da vocação com que fomos chamados.

Edson Leite

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DEUS CONSTITUI LÍDER SERVIDOR OU CHEFE DITADOR?


“O que poderia se tratar de raras excessões em nosso meio, agora é praticamente a regra. Infelizmente. Digo isso com tristeza no coração, mas quando encontramos um líder diferenciado, quantas vezes tenho ouvido a frase: Esse é crente! Ora, seria normal que todos o fossem, e não a excessão.” [Pr. Carlos Roberto Silva]




Considerando a importância do assunto e a credibilidade do autor, publico abaixo texto do pastor Geremias do Couto que tem por título “LÍDERES NÃO SÃO MAIORES DO QUE A GRAÇA DE DEUS”. Apesar de não trazer nenhuma novidade, pois o Apóstolo Paulo já falava basicamente as mesmas coisas à igreja de sua época "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si." [Atos 20: 28-30]. Mesmo assim o texto é surpreendentemente interessante do ponto de vista da dificuldade que nós temos em admitir nossas mazelas. Enquanto muitos estão vendo o barco afundar e continuam a dizer que está tudo bem, o pastor Geremias corta na própria carne e expõe nossa verdadeira realidade de uma maneira muito ousada. Se inclui entre os que precisam tirar a máscara, abrir “mão de certos caprichos, vaidades, presunção, arrogância, orgulho, farisaísmo, ostentação”. Afirma que é um princípio da vida cristã não atribuir grande valor às conquistas relacionadas ao desenvolvimento e crescimento pessoal.
No decorrer de sua análise o pastor Geremias cita a existência de algo que devemos abominar, que é considerar que os líderes são infalíveis – sendo esta uma herança da igreja católica que AD carrega consigo sem o menor pudor. Existe na AD a figura do PASTOR PRESIDENTE, sendo muito comum a pessoa que ocupa este cargo ser idolatrada por aqueles que desejam ter um ministério de sucesso, isto é, ter uma carreira de sucesso no âmbito ministerial eclesiástico. Isto ocorre basicamente porque é este personagem que tem o poder para determinar quem irá ser Diácono, Presbítero, Evangelista e Pastor, e faz isto de acordo com sua própria conveniência, sem consultar os seus pares – muito menos a DEUS – tendo como resultado um verdadeiro séquito disposto a defender os atos de seu “mestre” a qualquer custo, estando certo ou errado, isso não importa. Imagino que quando se instituiu a figura do PASTOR PRESIDENTE não houve nenhum tipo de má-fé, no entanto, com o passar dos tempos alguns indivíduos viram aí uma grande oportunidade de facilmente manipular a igreja (as pessoas), e também, aquele grupo denominado integrantes do ministério – que nos cultos de domingo gostam de assentar-se no púlpito ao lado de seu mestre – no sentido de legitimar todas as coisas bárbaras e lastimosas que vemos acontecer de forma corriqueira em nossas igrejas.
Poucos estão dispostos a serem imitadores de Cristo ou de Paulo, pois tanto um como o outro não moravam em mansões e nem tinham luxuosos carrões do ano das montadoras japonesas, não faziam suas refeições em restaurantes chiques e, com relação ao Apóstolo Paulo, ao contrário dos que hoje se dizem estar à serviço do evangelho, o Apóstolo deixou uma vida de ostentação e poder para, com humildade e muito sofrimento, levar a Palavra de Deus às nações, especialmente gentílicas. Hoje em dia PASTOR PRESIDENTE, é visto pelos fiéis e também pelos infiéis, como sinônimo de poder, ostentação, senhorio, o “cara” que manda, o chefe. Se nós refletíssemos sobre o fato que até nas empresas o conceito de chefe não é mais aceito, uma vez que dentro das corporações que respeitam os seus colaboradores há muito se adotou a figura do LÍDER e a extinção do chefe, e fazendo isso à luz da Bíblia, iríamos facilmente entender que Deus nunca coloca um chefe à frente da igreja e, ainda, o que diferencia a má e destrutiva liderança (chefe) do bom LÍDER, é o seu caráter.
Pastor que tem somente características de chefe não consegue respeitar os direitos alheios e, pelo simples fato do membro pedir informações sobre as finanças da igreja já é motivo para determinar sua expulsão. E ai daqueles que questionarem este ato, pois serão excluídos sob os argumentos de serem rebeldes. A princípio, analisando sob a ótica da definição do termo REBELDE, que é, segundo o Dicionário Aurélio, aquele que se rebela contra a autoridade constituída, a atitude do chefe está correta, afinal ele é uma autoridade constituída. No entanto, as pessoas se esquecem que diante de Deus somos todos iguais e que temos por obrigação respeitar o nosso próximo e nunca sair por aí pisando em ninguém.

Conforme inicialmente mencionado segue abaixo a íntegra do texto do Pr. Geremias do Couto

Boa leitura

Edson Leite

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Líderes não são maiores do que a graça de Deus
Fonte: http://geremiasdocouto.blogspot.com/

Ah, se todos nós, que somos considerados líderes, tirássemos as nossas máscaras e vivêssemos o discipulado em sua forma simples e bíblica. Ah, se abríssemos mão de certos caprichos, vaidades, presunção, arrogância, orgulho, farisaísmo, ostentação e viéssemos para a planície. Quanto ganhariamos! E a igreja também! Não generalizo, mas uso a linguagem da inclusão ao pensar que muitos de nós estamos de fato incorrendo nessa gravíssima falha. Sei que o desenvolvimento pessoal é parte do nosso crescimento. Mas considerar tudo o que conquistamos como esterco (tem lá o seu valor) é um dos princípios da vida cristã.

O que está em cena, aqui, não são as nossas conquistas em si mesmas, mas o pedestal, a glória humana, a fantasia, a hipocrisia, o aplauso e a consequente perda de referenciais. Achar que somos tudo, quando, na verdade, nada somos. Ou passar uma falsa humildade, que, no fundo, pretende que as pessoas olhem para nós e digam: "vocês são mesmo os tais!" Esse é o cerne. Quantas vezes pregamos e, ao final, nos sentimos frustrados, quando as pessoas não nos procuram para "elogiar" a nossa pregação! Quantas vezes chegamos de propósito atrasados ao culto para que a assistência nos olhe com admiração e, se não pode falar alto, pelo menos pense ou cochiche: "Está chegando o pregador!" Esse é o ponto.

Infelizmente, trazemos para a nossa realidade da fé um pouco (ou muito?) da herança católica que faz o povo olhar para os seus líderes como infalíveis. Estes, por sua vez, vestimos a farda com muita facilidade. A partir disso, passamos a ser os reis da cocada preta (sem racismo, por favor. Pode ser branca também!). Até na forma de andar, gesticular ou fazer alguns trejeitos, expomos a aura da infalibilidade que tanto massageia o nosso ego. Não conseguimos ser simples, e, se tentamos aparentar simplicidade, fazemos de maneira tão afetada que logo transparece a prepotência. Como neste conhecido bordão: "Fulano é tão humilde que tem orgulho da sua humildade".

Só que a casa cai. Não há arrogância que dure para sempre. De tempos em tempos, para a nossa tristeza (e também aprendizado), surge uma nova notícia, dando conta do fracasso de um líder, que muitos o tinham como o grande referencial e o tratavam, não com o respeito que todos merecem, mas com idolatrada veneração. Podemos chegar a este ponto, quando perdemos os nossos limites. Quando achamos que não temos de prestar contas a ninguém. Quando nos colocamos no pedestal acima dos "simples mortais". Quando não nos reconhecemos como o principal dos pecadores, à semelhança de Paulo. Quando deixamos de olhar as "nossas justiças como trapos da imundícia". Quando achamos que somos maiores do que a graça de Deus. Quando o pecado torna-se apenas um detalhe que não nos importa em nosso dia a dia. Quando, por confiar em nossa autossuficiência, não buscamos ajuda em nossos momentos de fragilidade.

Creio que Deus permite a exposição de alguns dentre nós, trazendo à tona todos os apetrechos escondidos no seu coração, para que o povo perca essa visão "divinizada" da liderança, e nós, que somos tidos em tal condição, possamos humildemente dizer como João Batista: "É necessário que ele cresça e que eu diminua", ou como Paulo: "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?" Ao contemplarmos tais situações, por outro lado, nossa atitude deveria ser a de vestir-nos de sacos e assentar sobre as cinzas para chorar os nossos pecados pessoais e coletivos, orar pela restauração de quem está sendo tratado pelo Senhor e, com inteireza de coração, nos expormos aos braços amoráveis do Pai para deixar de ser sustentados pelas nossas próprias pernas.

Líderes são necessários na igreja desde os primeiros dias do Cristianismo. Atos dos Apóstolos descreve a sua existência. As epístolas tratam de forma clara o assunto. Mas não formam casta especial. Privilegiada. Com alguns galões que possam distingui-los dos demais crentes em sua relação com Deus. Não são pequenos deuses para ser glorificados pelos homens. São modelos, inclusive na fraqueza, para que possam pelo exemplo mostrar aos que lideram, no mesmo nível, que só pela graça - unicamente e apenas pela graça - sem qualquer outro privilégio, podem superar as falhas e buscar a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. E aí todos saberão que ninguém é melhor do que ninguém ou ocupa lugar especial à direita ou a esquerda do trono de Deus.

Somos humanos, fracos, faliveis, necessitados, dependentes, incapazes em nós mesmos, para os quais o Senhor, que enfrentou todas as nossas fraquezas em sua humanidade, pode dizer: "A minha graça te basta".


Link:
http://geremiasdocouto.blogspot.com/2010/11/lideres-nao-sao-maiores-do-que-graca-de.html

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

SERRA NA CIEADEP - Convenção das Igrejas Evangélicas Assembléia de Deus no Estado do Paraná

O candidato José Serra fez uma visita à alguns pastores da Assembleia de Deus que estão confortavelmente instalados e reunidos no luxuoso Hotel Carimã, em Foz do Iguaçú – cidade turística muito apreciada pelas empresas que promovem eventos voltados para vereadores e funcionários comissionados das prefeituras de todo o Brasil, por ser a cidade das cataratas e estar localizada no extremo oeste do estado do Paraná fazendo divisa com a Argentina e o Paraguai que é um verdadeiro paraíso para se fazer compras. Conforme informa a Gazeta do Povo, foi neste ambiente cheio de aconchego que o presidenciável tucano se encontrou no dia 26/10/2010, com os pastores da AD do Paraná e, fez promessas que dificilmente irá cumprir se vir à ser eleito o próximo Presidente do Brasil. O jornal traz a declaração do candidato prometendo vetar o projeto de lei 122/2006, que torna crime qualquer discriminação contra homossexuais, caso seja eleito e caso o projeto venha a ser aprovado pelo Congresso. Se um projeto como esse for aprovado no Congresso Nacional certamente o presidente – qualquer que seja – não terá coragem o suficiente para vetá-lo, e mesmo que venha a acontecer, o veto poderá ser derrubado pelo mesmo Congresso e, então a Lei será publicada e entrará em vigor.
Via de regra quase todo político é mentiroso, pois falando a verdade doa a quem doer é muito difícil ganhar uma eleição num país com tanta diversidade social e cheio de conflitos de interesses como o nosso. Se, estando no meio das “lideranças evangélicas” ele afirmar que é a favor do projeto de lei 122/2006, irá desagradar e, da mesma forma se ele estiver no meio da parada gay irá afirmar que é a favor para poder agradar. E assim ele vai moldando-se às circunstâncias objetivando ganhar o máximo possível de votos e sair vitorioso, e depois... depois não terá problema nenhum considerando que os eleitores nem mesmo irão se lembrar em quem votaram e muito menos quais eram os compromissos de campanha do então candidato. No caso do tucano, ele se moldou tão perfeitamente ao ambiente dos pastores que, segundo a reportagem “o candidato surpreendeu o público ao saudar a “todos na paz do Senhor”, gesto que foi respondido com um sonoro “amém”.

Segue abaixo a íntegra da matéria da Gazeta do Povo e, neste sentido reitero a necessidade e importância de intensificarmos as cobranças junto aos candidatos que elegemos. Para citar alguns que se elegeram e contaram com o apoio oficial da AD do Paraná, segue os nomes: DELEGADO FRANCISCHINI (Deputado Federal), TAKAYAMA (Deputado Federal), GLEISI HOFFMANN (Senadora), além da Deputada Estadual Rosane que é de Araucária, eleita Deputada Federal e contou com o apoio da igreja AD local. Ainda podemos citar outros nomes ligados ao segmento evangélico, como o Deputado Federal ANDRÉ ZACHAROW. Desta forma entendo que o centro da questão está no Congresso Nacional e não na caneta do Presidente.

Edson Leite

OBSERVAÇÃO:
Pesquisa Sensus divulgada nesta quarta-feira (27) pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra Dilma Rousseff (PT) com 58,6% dos votos válidos e José Serra (PSDB) com 41,4%.
Fonte – Gazeta do Povo.
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Serra promete vetar lei que criminaliza a homofobia
Por Fabiula Wurmeister

Em encontro com evangélicos em Foz do Iguaçu, tucano diz que igrejas não podem ser proibidas de pregar contra “atos homossexuais”
Foz do Iguaçu - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu ontem vetar o projeto de lei 122/2006, que torna crime qualquer discriminação contra homossexuais, caso seja eleito e caso o projeto venha a ser aprovado pelo Congresso. A promessa foi feita em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, onde o tucano falou para cerca de 800 lideranças que participam da 50ª Convenção de Pastores da Assembleia de Deus no Paraná.
“Do jeito que está, ele [o projeto] passa a perseguir igrejas que têm posições contrárias ao homossexualismo”, disse Serra. “Uma coisa é perseguir e fazer grupos de extermínio contra os gays. Outra é proibir que as igrejas preguem contra atos homossexuais entre seus fieis. Eu vetarei essa lei.”
Questionado sobre como dará andamento ao Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), o tucano indicou o que considera quatro divergências fundamentais no documento: o desrespeito à propriedade privada, a instituição de mecanismos de controle da imprensa, a criminalização de quem é contra o aborto e a prática da homossexualidade e a proibição de símbolos religiosos em repartições e escolas públicas. Serra disse ainda discordar da proposta de controle social da mídia exposto no plano. “A criação de comitês de controle e de conferências na prática representa censura à imprensa”, afirmou.
Antes de responder às perguntas dos pastores, o candidato surpreendeu o público ao saudar a “todos na paz do Senhor”, gesto que foi respondido com um sonoro “amém”. O candidato foi presenteado com uma Bíblia.
Ao pedir voto, Serra chamou a atenção para a necessidade da “multiplicação dos votos” e disse que todos devem ser capazes de “persuadir outras pessoas que estejam indecisas ou que não têm muita certeza de votar na candidata adversária”. “Nunca a palavra da mentira circulou tanto durante uma campanha como agora.” Hoje a comunidade evangélica reunida em Foz deve receber o candidato a vice-presidente de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer.
Congresso
Serra disse ainda que, caso eleito, terá maioria no Congresso. “Eles [os petistas] estão falando muito que a candidata Dilma [Rousseff] teria maioria no Congresso e eu não. Isso não é fato. Conheço aquilo a fundo e sei bem como as coisas funcionam. Posso dizer que nós vamos ter maioria no Congresso porque os partidos não são homogêneos”, comentou. “Se eu conheço bem o PMDB, do qual fui integrante até 1988, e gente de outros partidos, posso garantir que não será assim.”

Fonte: Gazeta do Povo
http://www.gazetadopovo.com.br/votoconsciente/conteudo.phtml?tl=1&id=1061661&tit=Serra-promete-vetar-lei-que-criminaliza-a-homofobia

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

NÃO HAVENDO SÁBIA LIDERANÇA, O POVO CAI. [Provérbios 11.14 parte “a” – com adaptação]


Em reportagem do dia 14/10/2010 o jornal GAZETA DO POVO trouxe uma informação intrigante envolvendo a candidata do PT à Presidência da República e, segundo o jornal, 51 “lideranças evangélicas”.

Não só na GAZETA DO POVO, mas em praticamente todos os veículos de comunicação o assunto tem sido destaque. Definitivamente os eleitores ligados ao segmento religioso, especialmente os evangélicos, influenciaram diretamente no resultado do primeiro turno das eleições para Presidente do Brasil, e seguramente a participação destes eleitores será determinante na escolha do próximo governante que deverá ser eleito em 31/10/2010. Em princípio seria possível afirmar que o povo de Deus (servos fiéis e zelosos com os princípios bíblicos) alcançaram posição de destaque e estariam agindo como “sal da terra e luz do mundo” [referência – Mateus 5.13 e 14].
A matéria destaca o encontro da candidata do PT com “lideranças evangélicas” com a finalidade de assumir o compromisso, caso seja eleita, que não enviará ao Congresso Nacional projetos de lei para legalizar o aborto e a união civil entre homossexuais, para mudar o registro civil de transexuais e para criminalizar a homofobia e, segundo o jornal “ficou acertado que Dilma irá assinar uma carta assumindo esses compromissos e na qual ela garantirá a manutenção da liberdade religiosa no país”. No entanto, nada disto deve ser levado à sério, pois conforme análise do pastor Geremias do Couto a maioria dos líderes que se encontraram com Dilma sempre esteve “comprometida com a candidata, os quais foram à Brasília certamente com as despesas pagas pelo comitê de campanha, constitui-se número inexpressivo para quem precisa repercutir o novo discurso entre a massa de evangélicos votantes no país. Fica a impressão que os seus coordenadores evangélicos vendem para a candidata uma liderança que não têm”. O pastor Geremias ainda faz a seguinte a análise: “Qualquer compromisso que Dilma Rousseff assuma agora é coisa para inglês ver.” E complementa seu raciocínio com a observação: “O PNDH 3 é o suprassumo de tudo quando Lula prometeu que não iria fazer e fez. É um decreto assinado pelo "falso messias", que afirma as intencões do governo e foi preparado no forno da Casa Civil comandada por Dilma Rousseff.”
Nos dias seguintes ao encontro com as tais 51 “lideranças evangélicas” Dilma divulgou para imprensa a carta onde deveria formalmente constar seu compromisso conforme mencionado, no entanto, o teor foi considerando ambíguo pelos jornalistas que acompanham o assunto, isto é, tenta não desagradar e ao mesmo tempo conquistar o voto dos grupos GLS, pró aborto e evangélicos sendo isso a tradução da expressão usada pelo pastor Geremias “para inglês ver”.
Toda essa discussão é válida, e isso já ficou bem claro, mas o mais importante é que após o fim do período eleitoral seja dado prosseguimento, isto é, seja a Dilma ou o Serra o próximo presidente, os cristãos devem continuar influenciando nas decisões no âmbito do Congresso Nacional, uma vez que foram eleitos vários candidatos ligados ao segmento religioso com a finalidade de serem os nossos representantes. Entendo que nenhum dos dois candidatos tem perfil de cristão, ou seja, quem garante que o Sr. José Serra sendo eleito não cederá às pressões dos grupos que lutam pela legalização do aborto, do casamento entre pessoas do mesmo sexo e da criminalização da homofobia. Porque, quanto à ser adepto de vender as empresas estatais nós sabemos que ele é. Então imagine você a Petrobrás nas mãos de empresários ávidos por lucros – mas isso já é outra questão.
Voltando ao Serra “bonzinho” e cheio de traços de bom caráter conforme afirmam os pastores José Welington e Silas Malafaia – inimigos quando o assunto é frequentar a mesma igreja, mas amigos quando o assunto é política. Estas duas figuras se tivessem um pouquinho de bom censo ficariam longe do debate eleitoral, pois o pastor Silas acusou publicamente o pastor José Welington de estar cometendo graves irregularidades na administração da CGADB e CPAD, coisas terríveis que se forem confirmadas, o que poderá acontecer a qualquer momento considerando que existe processo sendo movido no Tribunal de Justiça do Estado Rio de Janeiro por iniciativa de vários pastores de Convenções estaduais da AD, o Sr. José Welington não é “flor que se cheire” e o Sr. Serra pode estar dando um tiro no pé ao colocar em seu horário eleitoral esses dois personagens de caráter duvidoso para pedir votos em favor de sua candidatura. Com relação ao Sr. Welington, ele sempre manteve uma afinidade muito grande com a candidata do PT, chegando, inclusive a ‘flertar” com ela no período pré eleitoral, no entanto, o “namoro” sério mesmo acabou acontecendo com o tucano.
Então vemos claramente a hipocrisia de algumas “lideranças religiosas” que estão se aproveitando do momento, como sempre fizeram, para ganhar posição de destaque e aumento de poder, uma vez que não existe nenhuma preocupação com as questões morais e éticas, não fosse assim a candidata Marina Silva, que professa o cristianismo, teria alcançado apoio irrestrito de todas às religiões evangélicas, mas ao contrário estão se “abraçando” com aquele que, ao seu ver, tem mais chances de vencer, ou seja, querem mesmo é garantir um “lugar ao sol” na capital federal (Brasília).
Quem assistiu a entrevista do Serra ao Jornal Nacional, edição de 19/10/2010, deve ter percebido que ele não acha errado legalizar o aborto quando, ao responder uma pergunta da jornalista Fátima Bernardes fez esta afirmação: “...nunca explorei isso do ponto de vista de que ela estaria errada por ser a favor do aborto. O que acontece é que ela afirmou uma coisa e depois afirmou o oposto.”, com isso vemos que o Sr. Serra não acha que o aborto seja um crime, seja uma imoralidade, isto é, ele acha errado a contradição da Srª Dilma.

A conclusão que se pode tirar neste momento considerando que a Marina Silva não tem mais chances de ser a próxima governante desta nação, é que temos que cobrar uma atuação firme por parte daqueles que elegemos para ocupar uma cadeira no Congresso Nacional, tendo como principal finalidade representar os nossos interesses, pois a ideia quando se criou as Câmaras municipais, as Assembleias e o Congresso Nacional foi justamente essa de ter representantes defendendo aquilo que achamos ser bom para nós povo brasileiro levando em consideração os diversos grupos sociais.
No entanto, isto não significa que devemos depositar toda nossa confiança e esperança no homem, mas, antes de tudo devemos continuar orando e pedindo a misericórdia do Deus Altíssimo.

Edson Leite
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Segue abaixo a íntegra da matéria da Gazeta do Povo.
Petista se compromete a não legalizar o aborto
De olho no voto do eleitor religioso, a candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, se comprometeu ontem, caso seja eleita, a não enviar ao Congresso Nacional projetos de lei para legalizar o aborto e a união civil entre homossexuais, para mudar o registro civil de transexuais e para criminalizar a homofobia. Todos esses pontos, agora renegados por Dilma, faziam parte da primeira versão do polêmico 3.º Plano Nacional de Direitos Humanos, elaborado pelo governo Lula no ano passado.
Em reunião realizada ontem no almoço em Brasília, com a presença do presidente Lula e de 51 lideranças evangélicas, ficou acertado que Dilma irá assinar uma carta assumindo esses compromissos e na qual ela garantirá a manutenção da liberdade religiosa no país.
“Não vamos enviar nenhuma lei deste tipo ao Congresso, com relação à lei de aborto e outras”, disse Dilma horas mais tarde, em Teresina, Piauí. “Ficamos de discutir os termos de uma carta-compromisso. Agora, o grande compromisso que assumo, que o Estado é laico e não vai interferir em questão religiosas. O Estado não será de uma religião.”
Dilma frisou também que a união civil entre homossexuais não é questão relativa à religião. Segundo ela, o casamento entre gays diz respeito às igrejas. Já a união estável é uma questão de Direito Civil entre cidadãos e não de caráter religioso, explicou.
Dilma disse também que não pode conceder direitos a um tirando o direito dos outros, ao se referir ao projeto de lei que criminaliza o preconceito contra homossexuais, condenado pelas igrejas evangélicas. “O preconceito contra o homossexual, temos que condenar. A parte relativa a criminalizar as igrejas, quando dentro delas existe manifestação que elas não aceitam [a homossexualidade], isso é um absurdo. Criminalizar é um excesso. Tem que ter equilíbrio. Não podemos exigir que as igrejas aceitem com aquilo que elas não concordam”, disse a petista. “A lei pune a discriminação e o preconceito dele. Tem uma parte da lei [na verdade, o projeto de lei] que está errada, porque torna crime o que não deve ser crime.”
A guinada conservadora na campanha da petista ocorre para estancar a perda de votos no segmento religioso, principalmente em função da posição anterior de Dilma em relação ao aborto. Em 2007, ela afirmou ser a favor da legalização da interrupção da gravidez – o que gerou uma forte reação contra a candidata entre padres, pastores e eleitores religiosos. No final do primeiro turna da eleição deste ano, Dilma mudou de posição. Mas não conseguiu reverter a insatisfação desse eleitorado – o que agora tentará fazer ao assinar a carta-compromisso.
As lideranças evangélicas que se reuniram ontem com Dilma prometeram anunciar, nos cultos que celebram, o apoio à candidatura de petista.

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br
Link: http://www.gazetadopovo.com.br/votoconsciente/conteudo.phtml?id=1056985&ch

terça-feira, 5 de outubro de 2010

DILMA, ABORTO, EVANGÉLICOS E ELEIÇÕES

Dilma Rousseff se enrosca toda na questão da descriminalização do aborto e, não ter ganho as eleições no primeiro turno está tendo um gosto amargo de derrota. Em matéria de hoje (05/10/2010) o jornal Folha.com faz a seguinte afirmação:
“Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso”.

Com exceção dos temas polêmicos do aborto e do casamento entre pessoas de mesmo sexo, sem falar em outros aspectos da candidata do PT, ficou muito difícil decidir quem é menos pior dos candidatos, se a Dilma ou o Serra. Desta forma o cenário se tornou muito desanimador, pois fatalmente um deles irá governar o país nos próximos quatro anos a partir de janeiro de 2011.
Falando em temas polêmicos o pastor Geremias do Couto informa em seu blog (geremiasdocouto.blogspot.com) mais uma derrota dos defensores da imoralidade:

“A senadora Fátima Cleide, relatora do PLC 122/06, não se reelegeu ao Senado. Embora os líderes do movimento homossexual tenham feito aguerrida campanha em seu favor, ela obteve 16,05% dos votos, a metade do segundo colocado. Soube que a senadora buscou apresentar-se durante a campanha como defensora dos princípios cristãos, mas o povo de Rondônia não engoliu o discurso e mandou-a de volta para casa pelas posições claramente assumidas em favor da agenda gay.”

Mesmo os jornais dando destaque ao que pode sinalizar que os evangélicos estão mais conscientes com relação à questões políticas, ainda estamos muito longe do ideal. Isto considerando que ainda se vê muitas pessoas fazendo uso da igreja, enquanto instituição, para fazer negociatas em épocas de eleições, sendo este um fator que tem ofuscado em muito a imagem de povo unido, que do contrário, os crentes poderiam ostentar sem questionamentos.
Segue abaixo a íntegra da matéria da Folha.com.
Boa leitura.
Edson Leite
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PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos
Acuado pela perda de votos de evangélicos na reta final do primeiro turno, o PT ensaia deixar de lado a defesa programática da descriminalização do aborto e já planeja retirar a proposta do programa do partido, aprovado em congresso.
A medida deve ser discutida em reunião da Executiva do PT, como forma de responder aos rumores contra a candidata à Presidência, Dilma Rousseff, apontados como o principal motivo para o crescimento de Marina Silva (PV), contrária à legalização do aborto, e a consequente ida da disputa presidencial ao segundo turno.
O primeiro contra-ataque partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas. "O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra", disse em seu Twitter.
A pílula do dia seguinte é um dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída pelo Ministério de Saúde. Diferentemente do que Vargas sugere, sua adoção foi decidida antes de o tucano José Serra, rival de Dilma no segundo turno, ser titular da pasta.
O secretário de Comunicação do PT defende ainda o isolamento da ala do partido pró-legalização. "Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra".
Um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, reconhece que a resolução do PT, pró-descriminalização do aborto, não é unânime no partido e não é a posição de Dilma.
Antes de ser candidata, Dilma defendia abertamente a descriminalização da prática --o fez, por exemplo, em sabatina na Folha em 2007 e em entrevista em 2009 à revista "Marie Claire". Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta. Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.
O tema se tornou tão incômodo que ontem, ao "Jornal Nacional", Dilma o citou mesmo sem ter sido questionada (ela teve um minuto e meio para "dar uma mensagem aos eleitores").
"Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões".
A senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que a defesa da descriminalização do aborto pode até ser defendida por algumas alas do partido, mas pode "custar a Presidência da República".
Já o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), puxador de votos evangélicos, disse que chegou a perder votos porque defendia Dilma, que "erroneamente" era associada a afirmações anticristãs.
Além do PT, o PMDB também defende uma ação para combater a associação de Dilma ao tema aborto, que virou onda de e-mails e comentários em meios religiosos.
Os peemedebistas querem que a candidata divulgue, enfim, um programa de governo deixando claro ser contra a legalização.
Ontem, Dilma reconheceu que a campanha percebeu muito tarde a onda associando seu nome ao tema do aborto e a uma fala, que ela não disse, de que nem Jesus Cristo tiraria dela a vitória.
Sobre a presença do presidente Lula na campanha, Dilma não precisou seu papel. "O presidente Lula a gente não pode falar em dose, ele não é o remédio é solução", disse.
Fonte: Folha.com

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MEMBROS, OU SERVOS???

“Os membros tem de ser vistos, não como servos, mas como cooperadores. Os dirigentes de congregações e filiais tem de vistos como co-administradores, e não como meros fantoches nas mãos do poder. O modelo de sistema participativo deve ser valorizado e incentivado. A autocracia deve ser substituída pela democracia, na medida do possível. A prestação de contas deve ser considerada uma obrigação sagrada. Cargos devem ser distribuídos pelo merecimento e não por interesse ou amizade. Assim estaremos enterrando definitivamente a igreja-feudo e trazendo à realidade a igreja da Bíblia.” [Cristiano Santana]
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O Pb. Cristiano Santana, em momento de grande inspiração, escreve mais um excelente texto que vale a pena lê-lo por completo. Vale citar que o autor foi muito feliz em sua analogia, ao comparar, ou melhor, equiparar, o modelo de ordem social, econômica e política da Idade Média conhecido como feudalismo, à forma como a igreja da atualidade esta estruturada – especialmente a Assembleia de Deus. Leia e tire suas próprias conclusões.

Maxwel Rocha e Edson Leite
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A TRISTE REALIDADE DAS IGREJAS-FEUDOS
Por Cristiano Santana

Introdução - Em cumprimento ao conteúdo programático do curso de direito, estive lendo o livro "História do Direito Geral e do Brasil", de Flávia Lages de Castro. Nesse estudo acabei relembrando um matéria que estudei no nível médio de ensino, a saber, a consolidação da instituição considerada como símbolo da Idade Média, o feudalismo.

Com a queda do império romano, os germanos que invadiram e Europa formaram um elite de guerreiros e grupos armados que passaram a deter a posse da terra. Os camponeses pobres se viram obrigados a se submeter para garantir a sobrevivência. Somente a posse da terra não bastava aos senhores; eles tinham de defendê-las dos invasores. Mas, para isso, tinham de gastar muito dinheiro com pequenos exércitos. Então surgiu a idéia de repartir as terras entre pessoas que estivessem dispostas a protegê-las. As mesmas ganhariam, em troca, o direito do usufruto da terra. Poderiam morar nela, plantar e criar gado. Juridicamente, o dono da terra era o suserano, e aquele que recebia a incumbência de protegê-la era o vassalo.

Além do suserano e do vassalo, havia a figura do servos. Eles eram não-livres não porque pertencessem a alguém ou porque fossem um bem alienável (porque se assim fosse seriam escravos), mas porque estavam presos à terra e se esta mudasse de mãos por qualquer motivo os servos daquela terra teriam um outro senhor. Eles não poderiam, via de regra, mudar de feudo quando achassem pertinente. Eram eles que faziam o trabalho duro do feudo. Eram explorados, pois tinham de destinar grande parte da produção agrária ao vassalo. Além disso, tinham de pagar pela utilização dos equipamentos do feudo.

É claro que inicialmente eu estava focado no estudo do feudalismo sob o aspecto da história do direito, mas aos poucos, os meus olhos se abriram para algumas similaridades entre o sistema feudal o o sistema de governo de alguns igrejas. Não pude deixar de constatar que algumas igrejas atualmente são uma espécie de feudo moderno. É claro que a comparação pode até parecer inadequada, pois igrejas não são pedaços de terra que precisam ser protegidas de invasores bárbaros. Entretanto, ainda se pode enxergar alguns princípios em comum nos dois sistemas. Vejamos.

A cerimônia de posse do vassalo - Quando recebia a terra, o vassalo colocava a mão sobre o Evangelho e jurava fidelidade ao novo Senhor. Sem armas, o homem, de cabeça descoberta, na maioria dos casos de joelhos, colocava suas mãos juntas nas do seu senhor, que fechava as suas sobre as do vassalo. Lembra bastante a posse de um novo dirigente de congregação ou de filial de igreja. Quando o líder maior não vai, geralmente manda uma comitiva. Normalmente, de uma forma implícita, é declarado nessa cerimônia de posse, que o novo pastor não é o dono daquela congregação ou igreja. O senhor absoluto continua sendo o líder maior da organização.

Obrigação de proteção e sustento ao seu senhor - Quanto à proteção da terra, praticamente não era da conta do senhor da terra. O vassalo tinha de "dar o seu jeito" com o fim de manter a propriedade. Quanto ao sustento, isso sim era do maior interesse do senhor, que cobrava periodicamente ao vassalo, uma parte da produção da terra para o seu sustento. E ai do vassalo se não cumprisse a cota. Corria o risco de perder o seu feudo. É com tristeza que às vezes testemunhamos semelhante tática nos tempos modernos. Os valdomiros, os macedos e, infelizmente, alguns pastores-presidentes costumam explorar seu dirigentes e pastores de filiais com a imposição de metas de arrecadação muitas vezes inalcançáveis. Sugam o máximo que podem e não estão nem um pouco preocupado com o estado da igrejinha. Que se dane o telhado, o piso, os bancos, as condições precárias do banheiro, os necessitados e os doentes. A quantia estipulada mensalmente tem de ser enviada. Dou meus parabéns à segunda Vara do Trabalho de Piracicaba (SP) que condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar, por danos morais em R$ 50 mil, um ex-bispo que afirma ter sido humilhado por não alcançar a meta estipulada pela igreja na arrecadação de contribuições dos fiéis. Essa prática nefasta de sustento milionário dos senhores de igrejas tem de acabar.

O Senhor poderia também retomar o feudo a qualquer momento - Engraçado que, em se tratando de qualquer organização eclesiástica, o líder maior geralmente diz que é a autoridade máxima daquela igreja. E quanto ao dirigente ou pastor de filial? Ele faz questão de dizer "irmãos, eu 'estou' dirigente dessa congregação, pois a qualquer momento posso não ser mais". Vê-se aqui mais uma similaridade com o feudalismo. O suserano podia tomar a terra do vassalo na hora que quisesse. A precariedade da posse da terra era um marca distintiva do feudalismo. Dono mesmo só o suserano. Os outros "estavam" vassalos. Há dirigentes dos quais sinto até pena. São como piões de xadrez que são deslocados de um lado para outro, ao gosto de um jogador desorientado.

O vassalo podia sair, mais os servos tinham de ficar - Como foi dito acima, os servos estavam presos à terra, como meio-escravos, portanto permaneciam nela quando era trocado o vassalo. O mesmo acontece nas igrejas modernas: sai o dirigente, mas ficam as ovelhas. Fico imaginando a apreensão que tomava conta dos servos no momento em que o vassalo era substituído. Acho que eles diziam: "será que esse vai ser mais bonzinho que o outro?" Por acaso não é essa a mesma pergunta que o coitado do membro da igreja costuma fazer, quando muda o dirigente ou pastor? Alguém pode dizer que estou passando dos limites, ao comparar crentes com servos, mas é fato inegável que em muitas igrejas os crentes se comportam como servos mesmos: alienados, cegamente submissos, sem opinião própria, sem nenhuma autonomia. Isso para mim é servilismo.

Quem mandava e fazia as regras era o Senhor do Feudo. Essa é interessante. No dia-a-dia, para o servo comum, na maior parte da Europa, quem mandava e, portanto, fazia as regras era o senhor daquele feudo; entretanto, como este estava subordinado a um senhor, era vassalo dele, tinha obrigações para com este e contra este não poderia ir. Quem detinha a jurisdição, ou seja, quem aplicava a justiça era o senhor feudal. A lei era aquilo que ele achava correto. Cada feudo, portanto, tinha a sua lei. Em resumo, o senhor feudal podia dizer "aqui quem manda sou eu". Nas mãos dele estava o poder da morte e da vida. Por acaso alguns líderes de igreja também não costumam seguir esse modelo? Quem pode se opor àquilo que eles determinam como sendo o certo? Alguns se transformaram em autênticos ditadores que não admitem uma objeção sequer. O estatuto da igrejas para eles é apenas uma exigência legal, mas sem nenhuma aplicabilidade prática na esfera eclesiástica. Exemplo: boa parte dos estatutos prevêem eleições para cargos administrativos da igreja, mas sabemos que essas eleições são de fachada. O dono da igreja continua determinando a hierarquia do poder. Quem ousar falar em escolha democrática arrisca-se a ser apedrejado literalmente.

Conclusão - Bem, esses foram os pontos de ligação que observei entre o sistema feudal o sistema de administração de algumas igrejas. É impressionante como alguns princípios se perpetuam no tempo, mesmo de forma quase imperceptível. Mas tenho fé que, assim como o feudalismo no campo terminou, também as igrejas-feudos sucumbirão sob o processo de conscientização dos cristãos brasileiros.

Para finalizar, já notaram que algumas igrejas, principalmente as assembléias de Deus denominam algumas áreas de atuação de "campo"?. Temos o campo de São Cristovão, o campo de Madureira, o campo da CGADB, o campo de Salvador, etc. As lutas de algumas igrejas pelo direito de instalar congregações em determinadas áreas ficou conhecida como "guerras de campo".

Interessante. "Campo" não lembra "feudo"? Mas Jesus vai desmantelar esses feudos.

Os membros tem de ser vistos, não como servos, mas como cooperadores. Os dirigentes de congregações e filiais tem de vistos como co-administradores, e não como meros fantoches nas mãos do poder. O modelo de sistema participativo deve ser valorizado e incentivado. A autocracia deve ser substituída pela democracia, na medida do possível. A prestação de contas deve ser considerada uma obrigação sagrada. Cargos devem ser distribuídos pelo merecimento e não por interesse ou amizade. Assim estaremos enterrando definitivamente a igreja-feudo e trazendo à realidade a igreja da Bíblia.

Fonte: http://cristisantana.blogspot.com/

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Na Assembleia... de Deus

“A candidata à deputada federal por Araucária, Rosane Ferreira (PV) se reuniu no sábado, dia 14, com representantes da Igreja Assembleia de Deus da cidade. Cerca de 180 pessoas, dentre elas pastores evangelistas e presbíteros de todo o Município, participaram do encontro. Lá, Rosane teve a oportunidade falar aos presentes sobre suas propostas em caso de eleição no dia 3 de outubro. No sábado ela esteve reunida com lideranças do PV na cidade de Matinhos.”



O jornal de Araucária “O Popular” publicou, em sua coluna “Notas Políticas”, no mês de agosto do corrente ano a informação acima. Provavelmente esta notícia foi "plantada" de forma estratégica no jornal. É sabido por aqueles que acompanham um pouquinho mais de perto este período de campanha eleitoral que supostamente alguns pastores da IEADAR estariam apoiando a candidata Rosane Ferreira (PV) em detrimento daqueles candidatos oficiais recomendados pela Convenção Estadual (CIEADEP).
Falando em candidatos oficiais da CIEADEP, dois (2) deles, a cantora candidata a deputada estadual Mara Lima e o pastor candidato a deputado federal Idekazu Takayama estiveram em Araucária em evento organizado por um pastor que coordena a campanha dos referidos candidatos na cidade. O evento segundo comentários reuniu expressivo número de “fiéis eleitores”, no entanto, um pastor da IEDAR fez duras críticas e chegou a chamar o evento de palhaçada e afirmou, em outras palavras, que só esteve presente por questão de “ofício”.
Na prática a coisa é bem diferente do discurso. Muitos, na teoria, se mostram preocupados com os rumos de alguns projetos que tramitam no Congresso Nacional, que do ponto de vista bíblico podem ser considerados imorais, ou que venham a restringir a liberdade religiosa. Chegam propor campanha de oração na igreja. Não estou dizendo aqui que este ou aquele candidato defende este ou aquele projeto, trata-se tão somente de não criar paradoxo entre o discurso e a prática, tornando-se em retórica vazia e sem propósito. Isto é, se de fato temos o desejo de contribuir para que projetos que ferem a moral e os bons costumes não prosperem tornando-se Lei, temos que votar e orientar o voto naqueles candidatos que possuam em seus currículos a marca de cristão verdadeiro.
Voltando ao episódio da candidata Rosane pedindo voto para os crentes da Assembleia de Deus de Araucária, dentro do templo sede, o que seguramente fez com autorização do seu pastor presidente. Ocorre que a propaganda eleitoral no interior das igrejas é expressamente proibida pela legislação eleitoral. Esta proibição vem no sentido de preservar aos que vão à igreja para cultuar a Deus e, no máximo, tratar de assuntos internos da instituição, e não para ouvir ladainha de candidatos, uma vez que muitos pastores não agem com bom censo neste sentido. Inclusive em algumas cidades já existem processos em andamento decorrente de denúncias de desrespeito à esta proibição imposta pela legislação eleitoral.
Que Deus abençoe todos nós.
Edson Leite

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

“BEM AVENTURADOS OS QUE OBSERVAM O DIREITO, QUE PRATICAM A JUSTIÇA EM TODOS OS TEMPOS ”. SALMO 106:3


Agradecemos ao Pb. João Pereira Sobrinho por ter nos enviado mais esta importante informação.


Boa leitura


Edson Leite.

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A IGREJA E O CUIDADO COM AS INFRAÇÕES PENAIS
Dr. Gilberto Garcia

A Igreja, na qualidade de pessoa jurídica de direito privado, está, da mesma forma que outras entidades, sujeita a cometer, através de seus representantes legais, delitos penais. Em nosso sistema legal, o direito penal, está fundado no princípio esculpido no brocardo latino, “Nullum crimen, nula poena sine legis”, ou seja, “Não há crime, sem lei anterior que o defina”.
Assim destacamos algumas práticas que podem ensejar numa ação ilícita e com conseqüência legais, eis que, uma determinada atitude pode ser deselegante, antipática, não cristã, incorreta, antiética ou mesmo imoral, sem ser ilegal, se esta não estiver tipificada, descrita especificamente de forma detalhada como tal.

A Constituição Federal resguardou a Igreja em suas manifestações de fé, no seu art. 5º, inciso VI, CF/88 – “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício de cultos religiosos e garantidos, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias”.

Destaco, para o conhecimento de nossos líderes, algumas questões penais, que reputamos de maior interesse, as quais podem envolver nossas Igrejas, como instituição da sociedade civil, seja como “agente causadora”, ou “paciente atingida” de infrações criminais.
Esta religiosidade é respeitada e protegida pelos poderes republicanos constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário, em suas esferas: Federal, Estadual e/ou Municipal, estando mesmo, em algumas questões jurídicas limitado, conforme determinação legal, a proceder citação judicial no culto religioso, como previsto no art. 217 do Código de Processo Civil, “Não se fará, porém a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: I – a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso...”.
A liderança da Igreja, especialmente seus diretores estatutários, presidente, vice, secretários, tesoureiros, conselho fiscal, conselho de ética etc, devem estar atentos para não incorrer na violação de “divulgação de segredo”, estabelecida no art. 153 do Código Penal, “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem!..”.
Deve o líder eclesiástico evitar a propagação de meias-verdades, que na realidade são inverdades inteiras, como orientar sua congregação a não fazê-lo, diante do risco de atingir a honra das pessoas, congregados ou não, à qual tem proteção Constitucional, e que a justiça prevê ser devidamente indenizado o dano moral causado a terceiros.
De igual forma, também dá ensejo à indenização por dano moral quando se infringi a norma legal, a divulgação de segredo compartilhado em função da ocupação exercida, que é ao mesmo tempo direito e dever do ministro de confissão religiosa, qualquer seja sua expressão de fé, aplicando-se ao pastor, padre, rabino, sheik etc, que também se atinge ao advogado e ao psicólogo, eis que tal prática é definida como crime pelo Código Penal no artigo 154: “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem."
O legislador penal também se preocupou com relação à necessidade de se respeitar a manifestação de fé de uma pessoa, independente de sua crença, de acordo com o artigo 208 do Código Penal, “Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa, impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso, vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso (...)”.
Outra questão que tem trazido grandes dissabores às Igrejas é a chamada “Perturbação do sossego alheio”, regulado na Lei de Contravenções Penais, no artigo 43, Inciso III: “Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios (...) III – Abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos”. Tenho conhecimento de que em grandes cidades como no Rio e SP, diversas Igrejas Evangélicas foram multadas, em valores vultuosos, por desrespeitarem as regras relativas ao sossego na cidade.
De igual maneira deve ter cuidado o Ministro Religioso com o registrado no art. 238, Código Penal: "Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento. (...)"., só realizando cerimônias religiosas, com efeito civil, com a devida autorização legal.
Outro importante cuidado é o registrado na Lei das Contravenções Penais, art. 27: "Explorar a credulidade pública mediante sortilégios, predição do futuro, explicação de sonho, ou práticas congêneres (...)".
E, ainda, é necessário atenção para Lei de Assédio Sexual - Lei 10.224/2001, à qual acrescentou ao Código Penal, o texto do art. 216-A. "Constranger alguém com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. (...)".
Artigo 226, inciso II, do Código Penal: "A pena é aumentada da Quarta parte: (...) II - se o agente é ascendente, pai adotivo, padrasto, irmão, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela.". Grifos Nossos.
Neste tempo de cuidados com as infrações penais necessário se faz, que os líderes do povo de Deus, estejam atentos para a influenciarem na elaboração e o cumprimento das leis que afetam a Igreja, enquanto peregrina nesta terra, eis que nós cristãos possuímos a condição de cidadãos de duas pátrias.

“BEM AVENTURADOS OS QUE OBSERVAM O DIREITO, QUE PRATICAM A JUSTIÇA EM TODOS OS TEMPOS ”. SALMO 106:3

*Gilberto Garcia é Advogado, Pós-Graduado e Mestre em Direito. Consultor Jurídico de Igrejas, Instituições e Organizações Evangélicas. Professor Universitário e Conselheiro Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil - Rio de Janeiro. Autor dos Livros: “O Novo Código Civil e as Igrejas” e “O Direito Nosso de Cada Dia”, Editora Vida, e, “Questões Controvertidas - Parte Geral do Código Civil”, e “Novo Direito Associativo”, Editora Método.

Fonte: www.direitonosso.com.br
Link: http://www.direitonosso.com.br/artigo49.htm

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

JESUS NÃO DISSE: IDE APÓS SEUS LÍDERES


Sempre primando pelo objetivo inicialmente proposto de disponibilizar informações, oportunizar a exposição de ideias concordando ou discordando e, isto sem o compromisso de agradar ou bajular ninguém, embora não tendo, também, a intenção de causar desconforto e constrangimento para ninguém, informamos aos que possam ter interesse pelo assunto "liderança", o lançamento do mais novo livro tratando do tema. Trata-se do livro que tem por título ["VINDE APÓS MIM" Jesus Não Disse: IDE Após Seus Líderes] ALBERTO COUTO FILHO, Editora Livre Expressão.

Para os que acham muito ler as 210 páginas do livro poderá ler um breve resumo feito pelo autor, que segue abaixo, que certamente se sentirá motivado para ler todo o conteúdo da obra.

Edson Leite
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Sobre a Obra:


Obviar o mal (a dispersão das ovelhas) causado por ações equivocadas, pela ineficiência no exercício da liderança – este é o tema abordado, o fulcro da obra. O “afastamento do crente” é obviado por toda a obra como ocorrência danosa para o Reino de Deus. O autor o considera, para a Igreja de Cristo, um pesado tributo que tem como fato gerador algo não condicionado a atributos individuais dos líderes – o não-desenvolvimento do “dom motivacional prático” da Liderança (governos – 1 Co 12:28), para lograr a eficácia.
O contexto da obra nega uma passiva conivência com a falibilidade, mas em nenhuma hipótese admite a afronta, o desrespeito à autoridade no ofício pastoral, pelo contrário alerta, previne, sugere e orienta à luz do Livro Santo, sem qualquer intenção de censurar. Não fosse assim, assevera o autor, ele mesmo estaria procedendo de forma atoleimada, pecaminosa e condenável perante o Senhor das nossas vidas, ao desairar um anjo da igreja. Entretanto, a ocorrência de atos falhos, oriundos da manipulação, de uma relação de dominação, de inadvertência ou de negligência, praticados por líderes ineficazes, que se dizem “ungidos” e que se imaginam defesos por generalizáveis e convenientes interpretações bíblicas (Sl 105:15), não irão evitar as sanções impostas pelo Senhor dos Exércitos, pela dispersão das Suas ovelhas.

O autor expressa seu sincero desalento, quando observa o fato daqueles líderes que, na Bíblia, são chamados de estúpidos (Jr 10:21), não se importarem com a dispersão das ovelhas do rebanho do Senhor. Eles recalcitram com veemência e atemorizam aqueles que os interpelam, citando que somente o Senhor irá cuidar de castigar a maldade das suas ações (Jr 23:2). Arredios e avessos a um “feedback” negativo expressam absurda e incompreensível preferência pela manutenção do seu estupor.

A eficácia em Liderança na igreja atual, diz o autor, como sempre foi na igreja primitiva, é uma das características indispensáveis de um ministério cuja proposta primacial (visão ministerial) é a transformação de vidas, através da renovação da mente (Rm 12:2).

A obra, vista pelo autor não como uma autoajuda, mas sim, como uma ajuda divina, é destinada a todos aqueles que, capacitados ou não, por Deus, queiram desenvolver o dom da liderança, através da transferência de habilidades (no hebraico: guia, orientação, direção) apontadas no livro, que irão realçar a importância dos corretos pensamentos e a experiência na tomada de decisões.

O autor propõe às igrejas a instituição de um sistema de desenvolvimento das lideranças ministeriais, que venha, efetivamente, a se constituir, num alvo educacional, numa estratégia e num processo, focado inteiramente na geração de motivação para um excelente desempenho na realização da obra de Deus.

Demonstrando inteira submissão ao Criador e, focado inteiramente na obtenção da unidade, via comunhão permanente dos servos de Deus, o autor pretende alcançar o objetivo proposto, mediante a utilização da experiência adquirida ao longo da sua existência. Para tanto, os recursos utilizados (bíblicos, teológicos, didáticos, técnicos) são competentes para facilitar a compreensão da eficácia da liderança do Senhor Jesus – Imitá-lo é o grande desafio proposto no livro.

A obra demonstra ser muito forte o testemunho do autor, não apenas pela submissão a Deus, mas muito mais, ainda, pela demonstração da consciência que tem dos deveres ministeriais dos líderes cristãos para com o povo de Deus, sob os seus cuidados. Orientada por pesquisa junto a cristãos dissidentes, ela está inteiramente respaldada em preceitos bíblicos (mais de 300 capítulos citados e cerca de 700 versículos) que não permitem conflitos com os pontos cardeais das Sagradas Escrituras. É um subsídio literário valioso para o desenvolvimento intelectual, social e espiritual (Lc 2:52) não apenas dos líderes “chamados” pelo Senhor da Seara, mas também, dos “impelidos”, que muitas das vezes, desguarnecidos e desacautelados estão, insensivelmente, oprimindo e, até, subjugando (domínio moral) ovelhas do rebanho do Senhor, sob sua liderança, dispersando-as.

A atenta leitura do livro irá mostrar que a peregrinação na fé é a resposta esperada na exortação contida na epístola aos Hebreus. Como um dever espiritual, seu signatário aponta para a necessária obediência aos que guiam o povo de Deus (pastores/líderes), como contrapartida de uma obrigatória prestação de contas, por velarem pelas almas, como um dever ministerial (Hb 13:17).

Pedro é citado na obra, observando uma relação de deveres ministeriais, destinada aos líderes (presbíteros, como ele) para que se tornem modelos dos rebanhos que pastoreiam, mediante a proteção e ao zelo vigilante pelas ovelhas sob seus cuidados e orientação (1Pe 5:2/3).

E o que, ainda, podem fazer, para que venha a receber do Supremo Pastor, a imarcescível (que não murcha) coroa da glória, aqueles que, abdicando da obrigatoriedade do vigilante zelo, não mais velam pelas almas das ovelhas? (1 Pe 5:4)

As respostas para estes guias/líderes e para todos aqueles que aspiram àquela excelente obra que é o episcopado estão, seguramente, contidas nesta obra, bem como tudo aquilo que os leitores gostariam de saber sobre a Liderança Situacional/Transformacional de Jesus, e não tiveram paciência (?) de lhes explicar.


O Autor
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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

AS QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR

"De tudo que se tem ouvido, a conclusão é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trzer a juízo toda obra, inclusive tudo que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau." [Eclesiastes 12.13 e 14]

O texto abaixo trata de um assunto extremamente importante para os cristãos da época do apóstolo Paulo, e, que continua sendo altamente relevante para a igreja dos dias atuais, onde os títulos de evangelista e pastor vem sendo distribuídos sem que haja a devida observância dos critérios e padrões bíblicos estabelecidos por Deus àqueles que desejam estas posições. O autor destaca que:

“A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.”

O texto nos enviado pelo Pb. João Pereira Sobrinho, tendo como fonte o site www.ebdweb.com.br (link ao final da postagem).


QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR (BEP – Bíblia de Estudo Pentecostal, Ed. CPAD)

1Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”
Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, isto é., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (1Tm 3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de DEUS (1Tm 3.1-10; 4.12) e pela igreja (1Tm 3.10), porque DEUS estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por DEUS para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 1Tm 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que DEUS estabeleceu mediante o ESPÍRITO SANTO. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de DEUS, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (conforme 1Tm 3.10). Partindo daí, o ESPÍRITO SANTO estabelece o elevado padrão para o candidato, isto é., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a JESUS CRISTO e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de CRISTO em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.

(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (1Tm 4.12; conforme 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a CRISTO e ao evangelho (1Tm 4.12,15).

(b) O povo de DEUS deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de DEUS, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a CRISTO pode ser tomada como padrão ou exemplo (conforme 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

(3) O ESPÍRITO SANTO acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (1Tm 3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de DEUS, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de DEUS?” (1Tm 3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (1Tm 3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, isto é., um marido sempre fiel à sua esposa.

(4) Conseqüentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (conforme 1Tm 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de DEUS, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (1Tm 4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, DEUS expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23).

(5) A Palavra de DEUS declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem DEUS nem a igreja perdoará tal pessoa. DEUS realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo DEUS e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o ESPÍRITO SANTO está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (isto é., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (conforme 2Sm 12.9-14).

(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de DEUS, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.

(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de JESUS CRISTO, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. DEUS não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de JESUS CRISTO, requer padrões espirituais muito mais altos.

(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de DEUS blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por DEUS para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1Tm 4.12).

Link:
http://www.ebdweb.com.br/2010/01/14/a-gloria-do-ministerio-cristao-ev-luiz-henrique/

sábado, 28 de agosto de 2010

ESCÂNDALOS! COISA ESPANTOSA, HORRENDA E NECESSÁRIA QUE NOS RODEIA TÃO DE PERTO




"Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam por intermédio deles; e o meu povo assim o deseja. Mas que fareis no fim disso?" [Jeremias 5.30 e 31]

“E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!” [Lucas 17.1]


Se não fosse algo necessário, se não fosse útil pra nada, se devessem ser ocultados não teriam sido registrados na bíblia fatos escandalosos como este de Jeremias 5.30 e 31. E Jesus não teria dito “É impossível que não venham...”

Desta forma, no meio cristão encontramos coisas que, em tese, não deveriam existir, entre elas as atitudes com base exclusivamente no proveito próprio. Expulsa-se membros da igreja simplesmente porque o pastor acha que estes estão sendo uma “pedra em seu sapato”, e isso acontece de maneira simples e rápida, ou seja, basta em dia de culto de ensino colocar o assunto em pauta que, em menos de 5 minutos, os demais membros da igreja “tiram as pedras do sapato do pastor” e a vida segue normalmente e bem mais tranquila, pois agora já não existe mais a presença dos que estavam “incomodando”. Analisando friamente podemos chegar ao entendimento que este é um ato de conveniência, não é verdade?
Por conveniência algumas pessoas faltam com a verdade, mesmo estando sob juramento de falar somente a verdade, dentro do tribunal sendo interrogadas pelo juiz. E, quando não se está comprometido com a verdade vem as contradições – o que fez nega ter feito, e o que não fez confessa ter feito. Tudo isso com uma frieza de causar espanto, e a vida continua normalmente como se nada tivesse acontecido.
Dia desses ficamos espantados, pois quando “abrimos” esta página (BLOG) nos deparamos com pessoas promovendo fulminantes ataques contra nós, os quais reproduzimos abaixo alguns trechos, sendo que fizemos correção quanto à ortografia no sentido dar melhor entendimento:

[vocês são a escória do evangelho, vocês são sujos, vocês não são crentes...]
[vocês vão ver o que Deus vai fazer com vocês e com suas famílias...]
[serão julgados e pesados na balança de Deus...]
[DEUS VAI TER UMA CONVERSA bem de perto com vocês, vocês estão trazendo escândalos para Sua obra...]
[que vocês não duvidem do que eu estou falando...]
[vocês não são nada nem se quer estão em comunhão com a igreja...]
[fiquei sabendo que os nobres irmãos estão desligados do rol de membros e por isto que os nobres estão revoltados...]

Por falta de argumentos apropriados parece que a melhor tática que algumas pessoas encontram é descarregar toda sua ira contra nossa idoneidade moral com claro intuito de nos desqualificar. Fazem ameaças contra nós e nossas famílias e, ainda, tem a insolência de querer dar um tom “profético" em suas ameaças – “que vocês não duvidem do que eu estou falando”.

Não é possível trazer escândalos pra dentro da igreja como se fosse um objeto que pode ser transportado de um lado para o outro, ou seja, os escândalos já “nascem” dentro da igreja e causam cicatrizes. Mas alguns por conveniência usam o contido no versículo 7, do capítulo 18 do livro de Mateus [Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!] para insinuar que os membros da igreja devem “varrer a sujeira para debaixo do tapete” e continuar dando glória e aleluia normalmente para não causar escândalos, mas Jesus está afirmando neste texto que é necessário (mister) que venham os escândalos e faz em seguida uma séria advertência “mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!”. Existem dois extremos que devem ser evitados com relação aos escândalos. Não devemos fazer apologia aos escândalos, mas também não devemos ser omissos e coniventes com coisas que podem ser escandalosas somente porque geram uma situação de inconveniência.

“Quanto maior o bem , maior o mal que da sua inversão procede.”
[Rui Barbosa]

O mesmo Rui Barbosa ainda fez a seguinte observação:

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

Traçando um paralelo entre o texto bíblico de Jeremias 5:30-31 com o que falou Rui Barbosa, não é uma coisa espantosa e horrenda ver triunfar as nulidades, crescer a injustiça, prosperar a desonra. Não é uma coisa medonha e espantosa que alguns homens tenham desanimado da virtude (disposição firme e constante para a prática do bem – conforme definição do dicionário Aurélio), estejam rindo da honra e sentindo vergonha de serem honestos. Será que o homem não está dominando de acordo com sua própria vontade e não pela vontade de Deus, e a maioria das pessoas estão consentindo com este domínio humano fora da vontade de Deus.

O estatuto da IEADAR sofreu recentemente modificações significativas, no entanto, um fato chama bastante nossa atenção quando se lê a ata da reunião entre a diretoria e a comissão que elaborou a proposta de alteração. Consta na referida ata que a diretoria ao tomar conhecimento da proposta de alteração, “chegou ao consenso geral, de que não se trata de uma reforma do atual estatuto e sim de uma RETIFICAÇÃO de algumas palavras e CORREÇÃO de poucos textos, dando mais clareza e maior compreensão do que dispõe o estatuto da IEADAR, ficando com isso mais atualizado e mais compreensível aos membros.” Desta forma aprovou-se por unanimidade (e por CONVENIÊNCIA). Mas comparando a redação atual com a anterior fica bem clara a contradição. Vamos se ater somente a 2 pontos que resultaram em consideráveis mudanças:

1– Anteriormente constava expressamente ser vedado (proibido) os membros da diretoria receber qualquer tipo de remuneração ou vantagem financeira. Já no estatuto atual acrescentou ao final do texto “RESSALVADA A CONDIÇÃO ADQUIRIDA PELO PASTOR PRESIDENTE”.
2– Anteriormente constava que os membros da diretoria deveriam ser eleitos em Assembléia Geral Extraordinária. Já no atual consta que os membros da diretoria poderão ser indicados pelo pastor presidente.
Agora sim, com a “RETIFICAÇÃO” dessas palavrinhas e a “CORREÇÃO” destes poucos textos a gente compreende muito melhor as coisas, até porque nunca houve eleição para membros da diretoria e, alguns, não todos, sempre receberam salários que vão de R$ 3.000,00 até R$ 7.000,00 mensais com direito a presente de aniversário, em dinheiro vivo, também no valor de R$ 7.000,00 – multiplicando sete mil reais por 12 meses, somando o 13º salário mais o presente de aniversário e mais 1/3 de férias o resultado é igual a R$ 100.333,00. Isso é uma coisa espantosa considerando que não é qualquer empresa que paga um salário desses aos seus executivos e, boa parte dos que entregam dízimo na igreja ganham no máximo dois (2) salários mínimos.
Na sequência convocou-se Assembléia Geral Extraordinária – AGE para que os membros aprovassem a reforma do estatuto e, desse episódio também vamos separar dois pontos contraditórios:
1- Como a reunião da diretoria que aprovou a proposta de alteração do estatuto ocorreu no dia 23/11/2009, no período noturno, consequentemente a convocação da AGE só pode ter ocorrido a partir do dia 24/11/2009, tendo como data de realização o dia 08/12/2009. Considerando que o estatuto determina que para este tipo de situação deve ser observado o prazo de quinze dias, ou seja, antecedência mínima de 15 dias entre a data da AGE e a convocação, esta regra não foi respeitada tendo em vista que o prazo decorrido entre estas duas datas é somente de 13 dias.
2- Outra regra claramente quebrada refere-se ao número mínimo de 2/3 dos membros necessário para aprovação de qualquer alteração do estatuto, ou seja, ao menos 2/3 do total dos membros devem estar presentes à AGE e homologar a proposta de alteração. Como a IEADAR conta com aproximadamente 2.000 membros, deveriam ter se reunido no mínimo 1.330 pessoas na igreja sede, o que certamente não aconteceu, uma vez que o local não comportaria. Mesmo assim registrou-se em ata: “E, por fim, o Sr. Presidente, declarou que as deliberações tomadas na Assembléia Geral em questão, observaram rigorosamente, o quorum previsto no Estatuto Social em vigor”.

É lamentável ver as pessoas cada vez mais conformadas com a distorção da verdade e com a inversão de valores e, encarando isto como sendo algo absolutamente natural. Mas, para reflexão de todos nós deixamos o texto de Romanos 12.1. e 2 que nos trás uma importante advertência: “não sede conformados com este mundo”, ou seja, não assuma a forma deste mundo. Sendo mais específico ainda, enquanto cristãos devemos influenciar o mundo com boas práticas e, nunca – mas nunca mesmo – deixar que o mundo nos influencie.

Que o MISERICORDIOSO DEUS abençoe todos nós.


Edson Leite / Maxwel Rocha

sábado, 21 de agosto de 2010

“COISA ESPANTOSA E HORRENDA SE ANDA FAZENDO NA TERRA”


(Um dia desses em plena escola dominical enquanto fazia a introdução de sua aula o professor – que é pastor de outro estado e havia sido convidado para pregar em um evento em Araucária – fez a seguinte afirmação: “o meu pastor presidente faz muitas coisas que acho erradas, mas por questão de hierarquia concordo com ele mesmo assim, pois discordar de quem está na liderança significa rebeldia, então como sou obediente onde o meu pastor riscar eu corto”)

O texto abaixo é uma boa ilustração do momento que vivemos, onde pessoas tentam legitimar atitudes errôneas sob a alegação de serem os “ungidos”, e por isso se consideram intocáveis, pessoas acima do bem e do mal.

O autor do texto é o Pb. Cristiano Santana. Para conhecer o seu perfil completo acesse seu blog no link abaixo:
Obs.: O texto teve algumas partes suprimidas, para ler na íntegra acesse o link abaixo:

http://cristisantana.blogspot.com/2010/08/o-que-o-profeta-jeremias-diria-se-deus.html


Por Cristiano Santana

"Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam por intermédio deles; e o meu povo assim o deseja. Mas que fareis no fim disso?" Jeremias 5:30,31

Não obstante Jeremias ter profetizado há mais ou menos 2.500 anos, é impressionante como a sua mensagem continua atual, em certos aspectos. Se por um milagre divino, esse profeta fosse transposto para a nossa época, com certeza absoluta ele proferia essas mesmas palavras, com pequenas variações que em nada afetariam a essência da denúncia. "Profetas" seriam substituídos por "pregadores" e "sacerdotes" sejam substituídos por pastores.

Os profetas (pregadores) profetizam falsamente

Os programas de televisão, as igrejas, os megaeventos evangelísticos, estão repletos de pregadores dessa espécie, homens que não tem o mínimo escrúpulo de contar mentiras aos seus ouvintes. Em outros casos, é impossível que sintam tal repreensão da consciência, pois suas mentes estão tão cauterizadas que acabam acreditando piamente que suas palavras tem origem divina. Eles dizem "paz, paz", quando não há paz. De suas bocas fluem apenas palavras agradáveis, que afagam o ego de pecadores contumazes, intensificando-lhes a ilusão de que estão sob o favor divino.

Onde acharemos os verdadeiros profetas? Nos mega-eventos das Igrejas Evangélicas Brasil afora? Não, Não e Não! Os pregadores convidados para esses eventos raramente estão compromissados com a verdade!

Os sacerdotes(pastores) dominam por intermédio deles

Verifica-se aqui um verdadeiro conluio para lesar o povo ignorante. A tradução literal dessa passagem poderia ser "dominam de acordo com as suas mãos". O homem sábio aceita o testemunho de Deus sobre a inclinação humana ao pecado. Ele julga a si próprio pela Palavra de Deus e não pelas palavras bajuladores daqueles que o rodeia. Pastores carnais, pelo contrário, rendessem às palavras açucaradas daqueles que se julgam oráculos de Deus, os quais nada mais desejam do que angariarem favores através de suas palavras lijonjeadoras. O líder caído então vislumbra a possibilidade de usar a influência do profeta para legitimar sua fraude, o seu embuste. O ímpio rei Acabe e outros reis de Israel astutamente cercaram-se desse tipo de gente. É muito mais fácil conduzir o povo quando as ordens se revestem de uma pretensa autoridade divina, quando o profeta procura autenticar todos os atos do pastor como se fossem os atos do ungido de Deus, inerrante, intocável, infalível. O artifício tem resultados mais satisfatórios quando maldições aterrorizantes são pronunciadas contra aqueles que desobedecerem, ou quando bençãos maravilhosas são prometidas aqueles que alegremente obedecerem ao ungido.

E o meu povo assim o deseja

Tudo isso seria menos trágico se notássemos que as massas se submetessem a esse estado de coisas contra a sua vontade. Ah! Se fosse assim...Mas como a realidade é assustadoramente diversa! O povo ama a alienação, se delicia com as palavras do ungido e com o "rolo que é desenrolado" pelo profeta, com o "manto de mistério". O ópio alucinógeno da religião que transporta as pessoas ao mundo da fantasia é muito mais desejável do que a realidade nua e crua; a realidade de nossas imperfeições, de nossos dramas e problemas.

A realidade é um balde de água fria na festa dos adoradores de baal. É isso que o povo deseja: falsas promessas, bajulações, promessas de vitória sobre todas as circunstâncias, triunfo sobre todos os males do mundo, gritos de euforia. É disso que o povo gosta: pão e circo.