segunda-feira, 18 de abril de 2011

NO ANO DO CENTENÁRIO ESTÁ PREVALECENDO A DIVISÃO EM DETRIMENTO DA SOMA E DA MULTIPLICAÇÃO

O comentário proferido na 40ª AGO da CGADB de que a CIEADEP será a próxima a ser dividida provocou a reação imediata do pastor Daniel Sales Acioli, presidente da AD em Apucarana – PR.. Dentro daquilo que deve ser considerado legítimo o pastor Acioli manifestou sua indignação através de um texto publicado em seu blog pessoal (clique aqui para ler). Considerando tudo que já foi dito até o momento sobre o assunto, embora não se falou explicitamente o seu nome, é possível, por inferência, dizer que o pastor da igreja mãe – Samuel Câmara – é o autor da frase sobre uma possível divisão da Convenção paranaense.

Acompanhando o debate que se formou em torno do assunto, separei dois comentários, conforme abaixo – deixados no blog do pastor Acioli – que poderão nos fazer compreender um pouco mais sobre essa controvérsia.

O primeiro texto é minucioso em seus detalhes e foi deixado por alguém que se identificou apenas como pastor Carlos – Brasília e, demonstra ser bom conhecedor dos “meandros” da AD, a nível nacional. Dentre outros, um detalhe importante presente no texto do pastor Carlos, diz respeito à uma afirmação atribuída por ele ao pastor José Wellington: Podemos acrescentar que naquele “apagar da luzes” o presidente da instituição [CGADB] afirmou ser “cearense, criado com leite de cabra e não ter medo do opositor, etc, etc.”

Se realmente o pastor Wellington cometeu tamanho ato de fraqueza, só temos que lamentar, pois, este “espírito de lampião” não deve permear a vida do cristão, uma vez que crente com “espírito de cangaceiro” terá dificuldades para ser cheio do Espírito Santo.

O segundo texto é de autoria do pastor Geremias do Couto, que sem dúvida nenhuma é profundo conhecedor de todo o emaranhado que tornou-se a AD ao longo dos seus 100 (cem) anos de existência e, afirma: “nossa AD padece de um mal estrutural antigo”.

Conforme citado segue abaixo os textos dos pastores Carlos e Geremias.

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Pr. Carlos - Brasília disse...

Ilustre Pastor Acioli. Para abreviar, favor ler "JW" como pastor José Wellington e "SC" como pastor Samuel Câmara. Diante do seu manifesto permita-me fazer algumas colocações:

Penso ser injusto analisar a fala do pastor em referência sem analisar o contexto em que ele falou, não de “que o Paraná SERÁ o próximo a ser dividido”, mas que diante deste contexto (abaixo) “PODERÁ vir a ser o próximo”.

Em Belo Horizonte, Minas Gerais o Pastor Moisés Silvestre (alinhado ao SC) protestava junto a CGADB contra a criação da nova convenção na vizinha Betim, e a nova convenção foi rapidamente aprovada.

No Amazonas a que era única convenção é presidida pelo irmão de SC e a nova convenção foi rapidamente aprovada.

Na Bahia o pastor da capital Israel (alinhado com JW) rompeu com o presidente da convenção pastor Valdomiro (alinhado com SC) e teve a convenção rapidamente aprovada com expresso apoio do JW e do presidente de uma das três convenções cerarenses que veio a Salvador e num dia consagrou dezenas de pastores e completou a "cota mínima de 300" exigida pelo Estatuto da CGADB. Em Belém do Pará SC rompeu com o presidente da convenção que é alinhado com JW, seu pedido (há anos) de uma nova Convenção foi rejeitada. O presidente da CGADB foi pessoalmente a Belém e num clube da cidade deu posse ao presidente da Convenção Estadual (então pastor numa cidade próxima da capital) como novo pastor de Belém dizendo que assim resgatava a história da denominação e fez a agenda do Centenário em Belém ignorando a agenda da Igreja local que outrora fora dirigida pelos fundadores suecos.

Pensando o [no] Paraná.

O atual pastor eleito da Capital é alinhado ao JW. O presidente da Convenção já compôs a chapa de SC na CGADB, tendo também apoiado outro pastor na eleição para a AD da capital. Concordo pastor, é verdade que não podemos antecipar fatos, mas penso, por mais doloroso que seja, que neste Estado com o cenário semelhante ao que ocorreu em Minas Gerais, Amazonas e Bahia, há fortes probabilidades que os fatos se repitam.

Onde está a coerência e promoção da paz tão almejada. Onde está a isenção de quem preside. Podemos acrescentar que naquele “apagar da luzes” o presidente da Instituição afirmou ser “cearense, criado com leite de cabra e não ter medo do opositor, etc, etc.”

Não podemos ser parciais e presidir com “ranço”pessoal, quebra a coerência tão almejada.

Para restabelecimento da verdade e por uma questão de consciência, coloco o que se segue:

1. O pastor Samuel Câmara não citou nome de convenção. Ele disse que os próximos estados serão o Paraná e Acre, caso não se dobrem ao capricho da mesa diretora da CGADB e se rendam a apoiá-los em eleições futuras.

2. Este manifesto vindo da sua parte não constitui nenhuma novidade, sabe-se no Paraná e em todo Brasil, o senhor é tido como o principal bajulador do sistema vigente que está prestes a ruir, definitivamente.

3. Todo mundo sabe que onde houver uma convenção, cuja maioria não apóie a atual mesa, eles aprovarão outra convenção, para então receber apoio.

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Pastor Geremias do Couto disse...

Caro amigo e pastor Daniel:

Programei-me para ir a Cuiabá. Mas na última hora o desânimo foi maior. Não tive disposição para viajar. Economizei os poucos recursos que tenho para outras finalidades. Na minha ótica, a única coisa que perdi com a desistência foi a oportunidade de rever muitos amigos, entre eles o irmão. Servir a Deus, por outro lado, pude fazê-lo por onde estive e aonde estou agora.

Não ouvi e nem tive acesso a esse acalorado debate no apagar das luzes da AGO, mas conheço a CIEADEP e sei que ela é composta de homens honrados, os quais certamente manterão incólume a herança recebida dos pioneiros. O seu desabafo é legítimo e válido.

No entanto, nossa AD padece de um mal estrutural antigo. Disse isso pessoalmente a alguns pastores, inclusive ao que foi citado acima, em 1989, quando se deu a suspensão de Madureira da CGADB. E acrescentei que, enquanto a liderança não tiver coragem para assentar-se, por dias, em oração, jejum e estudo da Palavra a fim de encontrar um modelo que minimize essas dificuldades, infelizmente a tendência é nos fragmentarmos cada vez mais.

Creio que 2013 será um grande divisor. Se não houver um homem com o perfil para esse momento, e, mantida a polarização da forma como vem sendo mantida desde o Anhembi, acredito que teremos um "estouro da boiada", não importa que o eleito seja do grupo A ou do grupo B. Infelizmente, não consigo ver de outra forma. Ambos já estão extremamente desgastados.

Assim, aproveito o espaço do meu amigo, pastor Daniel (se ele me permitir, é claro), para conclarmar a todos à oração para que o homem para este momento seja levantado por Deus com a graça de aglutinar as forças que hoje estão polarizadas e buscar um caminho que nos traga de volta para a unidade na diversidade. Se não, caminharemos como no tempo dos juízes. Com temor, tremor e em oração.

No mais, abraços e conte com a minha solidariedade.

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